Centrais sindicais lançam aplicativo para denunciar assédio eleitoral no ambiente de trabalho, em parceria com o Ministério Público do Trabalho.

O assédio eleitoral tem se tornado um crime cada vez mais comum e preocupante, especialmente a partir de 2022, quando o número de denúncias aumentou significativamente. Em resposta a essa problemática, as centrais sindicais se uniram para lançar um aplicativo que possibilita aos trabalhadores denunciarem essa prática antidemocrática.

A iniciativa, realizada em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), foi liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Pública, Intersindical e MPT. Além do aplicativo, as denúncias também podem ser feitas por meio da página do Fórum das Centrais Sindicais.

Segundo Paulo Oliveira, secretário de Organização e Mobilização da CSB, o trabalhador não precisará baixar o aplicativo, pois os sites das centrais sindicais e do MPT disponibilizarão um QR Code que permitirá o acesso direto ao canal de denúncias. A procuradora do MPT, Priscila Moreto, ressalta que o assédio eleitoral muitas vezes ocorre de forma sutil, com o empregador pressionando os funcionários a votarem em determinado candidato, sob ameaça de retaliações caso não o façam.

Valeir Ertle, secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, alerta para a intensidade do assédio eleitoral no Brasil, principalmente em cidades de pequeno porte, onde a influência dos empregadores sobre os trabalhadores pode ser mais forte. A procuradora do trabalho Danielle Olivares Corrêa destaca a importância do voto livre e democrático, enfatizando que o assédio eleitoral é crime e deve ser combatido.

Nas eleições de 2022, a parceria entre as centrais sindicais e o MPT resultou em um aumento significativo no número de denúncias de assédio eleitoral. Dados do MPT apontam que foram expedidas recomendações e ajuizadas ações civis públicas contra essa prática abusiva. As centrais sindicais e o MPT disponibilizaram cartilhas para auxiliar os trabalhadores a identificarem situações de assédio eleitoral no ambiente de trabalho.

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