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Brasil avança na luta contra o mercúrio: Projeto de Lei visa eliminar substância tóxica da atividade minerária em todo o país

No dia 04 de setembro de 2024, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) apresentou o Projeto de Lei 2417/24, que propõe a proibição do uso de mercúrio em processos de extração de minérios em todo o Brasil. A legislação estabelece um prazo de dois anos para que o setor mineral elimine totalmente o uso dessa substância altamente tóxica. O mercúrio, classificado como metal pesado, representa um grave risco para a saúde humana, uma vez que o organismo pode levar até 65 dias para eliminá-lo por completo, podendo causar danos sérios ao sistema nervoso central, incluindo convulsões, surtos psicóticos e até mesmo a morte.

De acordo com o deputado Tatto, o Brasil, embora não produza mercúrio em escala significativa, é um dos maiores consumidores dessa substância, especialmente no setor garimpeiro. Ele destaca que a eliminação total do mercúrio na atividade minerária é viável, citando exemplos de garimpos de ouro que já utilizam métodos alternativos, como a limpeza do material por gravidade, sem a necessidade de mercúrio.

É importante ressaltar que o Brasil já ratificou a Convenção de Minamata sobre Mercúrio, comprometendo-se a seguir as diretrizes para a eliminação completa do uso dessa substância tóxica. A Convenção foi assinada em 2013 por 128 países, como resposta a um caso de intoxicação em massa por mercúrio na cidade japonesa de Minamata, em virtude do despejo de rejeitos em suas águas.

O Projeto de Lei 2417/24 será analisado pelas comissões de Saúde, Minas e Energia, e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado. A proibição do uso de mercúrio na extração de minérios é uma medida importante para proteger a saúde humana e o meio ambiente, e torna-se essencial para o cumprimento de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.

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