Essa medida judicial contra o candidato presidencial González foi emitida após ele não comparecer pela terceira vez ao Ministério Público para esclarecer a publicação de supostas atas eleitorais que indicariam sua vitória nas eleições ocorridas em julho. A oposição alega ter divulgado mais de 80% das atas na internet como prova da vitória de González, enquanto o governo acusa a oposição de falsificar mais de 9 mil atas publicadas online.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, responsável pela divulgação dos resultados eleitorais, declarou que Maduro foi o vencedor do pleito, mas não disponibilizou as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação. Os documentos foram entregues à Justiça no início de agosto, dando início a uma série de controvérsias e acusações entre o governo e a oposição.
A nota emitida pelos governos do Brasil e da Colômbia ressaltou ainda que a ordem de apreensão contra González compromete os esforços pela busca de uma solução pacífica através do diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas. A situação política na Venezuela continua instável e polarizada, o que gera preocupações tanto dentro do país quanto entre nações vizinhas e da comunidade internacional como um todo.