O senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), foi solicitado por Pacheco para agendar a sabatina do indicado antes da votação em Plenário. No entanto, os senadores Marcos Rogério e Esperidião Amin pediram que a data da votação fosse marcada para a terceira semana de outubro, permitindo que todos os senadores tivessem a chance de conhecer o indicado, especialmente os da oposição.
Por outro lado, os senadores Jaques Wagner, Rogério Carvalho e Randolfe Rodrigues apoiaram a definição de Pacheco e elogiaram Gabriel Galípolo. O atual diretor de Política Monetária do Banco Central foi indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato vai até o final de 2024.
De acordo com a Constituição Federal, toda indicação para a diretoria do Banco Central precisa passar pelo Senado, com sabatina e votação na CAE, seguida de votação no Plenário, com votações secretas. Gabriel Galípolo já passou por esse processo em 2023 e teve sua indicação confirmada.
Enquanto isso, no Senado está em tramitação uma proposta de alteração constitucional que trata da autonomia financeira e orçamentária do Banco Central, que seria transformado em uma empresa pública com mais independência do Executivo. A proposta recebeu apoio de alguns senadores, mas também enfrenta resistência de outros parlamentares.
Na Câmara dos Deputados, um projeto que revoga a autonomia do Banco Central está em análise na Comissão de Finanças e Tributação, apresentado pelo deputado Guilherme Boulos. Este cenário reflete a importância e os debates em torno do papel e da autonomia do Banco Central no contexto político e econômico do país.