A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento da ferramenta, Ilma Rodrigues de Souza Fausto, do Laboratório de Engenharia Industrial da UFF, destacou que o projeto trabalhou com 32 das 52 etnias existentes no estado, cada uma com seu próprio dialeto. O objetivo do aplicativo era unificar os termos de informática para facilitar o aprendizado dos alunos indígenas.
Por meio do Comunica Tupi-tradutor, barreiras culturais e sociais puderam ser rompidas, possibilitando uma inclusão mais efetiva dos estudantes indígenas no ambiente educacional. Atualmente, o aplicativo já conta com quase 13 mil termos e está na versão 2.0, com a implementação de machine learning para facilitar ainda mais a aprendizagem dos alunos.
Andre Luiz Karipuna, estudante da etnia Karipuna, elogiou o curso de formação inicial e continuada em computação, tecnologia e robótica educacional, demonstrando a importância e relevância do projeto para os estudantes indígenas. O aplicativo já foi patenteado pela UFF e pelo Instituto Federal, e a previsão é que até o fim do ano seja disponibilizado de forma ampla.
O sucesso do Comunica Tupi-tradutor ressalta a importância da tecnologia como uma ferramenta de inclusão e educação, proporcionando oportunidades de aprendizado para comunidades indígenas e valorizando a preservação da língua tupi. O trabalho desenvolvido pela equipe da UFF demonstra um compromisso social e educacional que merece reconhecimento e apoio para continuar ampliando o acesso à educação de qualidade para todos.