O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, atribui esse sucesso ao planejamento estratégico implementado desde 2017 e à mudança de rumo na estratégia da entidade. Segundo ele, o plano traçado foi essencial para guiar o caminho nos últimos oito anos, colocando a inclusão no centro do propósito do CPB. Diversos projetos foram lançados, como o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica e o Camping Escolar, visando desenvolver talentos desde a base.
O objetivo inicial era alcançar entre 75 e 90 medalhas em Paris e consolidar o Brasil entre as oito delegações mais premiadas. Além disso, a meta de aumentar a participação feminina nos grandes eventos foi superada, com as mulheres sendo responsáveis por 13 dos 25 ouros conquistados pelo país. Destaques como Mariana D’Andrea, Jerusa Geber e Carol Santiago fizeram bonito nas competições paralímpicas.
O legado dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016 também foi fundamental para o crescimento do paradesporto no Brasil. A construção do Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo e o aumento dos recursos destinados ao esporte paralímpico foram heranças importantes daquele momento. No entanto, Mizael alerta para a necessidade de manutenção adequada das estruturas construídas, já que muitas delas estão sofrendo degradação.
O presidente do CPB ressalta a importância de continuar investindo no desenvolvimento do paradesporto no país, garantindo instalações de qualidade para os atletas se prepararem e competirem em alto nível. A conquista de resultados expressivos em Paris reflete o trabalho árduo e a dedicação de todos os envolvidos no esporte paralímpico brasileiro, que buscam promover a inclusão e o sucesso de forma cada vez mais consistente.