Déficit primário tem redução significativa e atinge R$ 9,283 bilhões em julho, revelam as contas públicas.

As contas públicas são um assunto de grande relevância para gestores públicos, economistas, jornalistas e investidores, pois englobam os gastos e as receitas do governo federal, que é o principal agente da economia do país. O governo recolhe impostos, taxas e contribuições para financiar a prestação de serviços à população e também se financia através da venda de títulos públicos.

Essas operações são contabilizadas mensalmente e resultam em dois indicadores importantes: o resultado primário e o resultado nominal. O resultado primário demonstra a diferença entre arrecadação e gastos, indicando um superávit quando a arrecadação é maior e um déficit quando os gastos superam a arrecadação. Já o resultado nominal leva em consideração as receitas totais e as despesas totais, incluindo os gastos com juros, afetando o estoque da dívida pública.

Segundo o economista do Ipea, Marco Antônio Cavalcanti, a geração de superávits primários é essencial para manter a trajetória sustentável da dívida pública de maneira virtuosa, sendo uma medida importante para avaliar a política fiscal do governo. O resultado primário é especialmente sensível para os investidores, que buscam segurança na capacidade do governo de arcar com suas despesas de forma estrutural.

Uma análise mais completa das contas públicas envolve observar também o resultado nominal, que inclui os juros pagos pelo governo. A professora Clara Brenk destaca a importância de considerar o resultado nominal para discutir a estabilidade da dívida pública, pois apenas o superávit primário não garante o equilíbrio econômico se a economia não estiver crescendo ou se as taxas de juros estiverem altas.

Recentemente, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou o resultado das contas públicas de julho, apontando um déficit de R$ 9,283 bilhões. O governo emitiu títulos da dívida pública no valor de R$ 139,6 bilhões e resgatou títulos no valor de R$ 131,94 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 7,65 bilhões. O estoque da dívida pública federal atingiu R$ 7,1 trilhões nesse mês.

Em resumo, as contas públicas são um reflexo da saúde financeira do governo e influenciam diretamente a confiança dos investidores e a estabilidade econômica do país. É fundamental acompanhar de perto esses indicadores para entender a situação fiscal do Brasil e suas perspectivas de crescimento.

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