Atualmente, 59 das 61 linhas de ônibus municipais são consideradas adaptadas, com pelo menos 70% de pontos acessíveis. Outra intervenção importante foi a instalação de módulos sonoros em 2,5 mil semáforos da cidade para auxiliar pessoas com deficiência visual. O objetivo é chegar a 10,4 mil módulos instalados.
Além disso, a prefeitura de Paris planeja ter pelo menos uma escola adaptada a cada 15 minutos de caminhada, para atender aos cerca de 12 mil alunos com deficiência da cidade. E a meta é que 90% dos imóveis públicos sejam acessíveis até o próximo ano, um grande avanço em comparação com os 45% adaptados em 2022.
A cidade também reformulou seis instalações esportivas após receber os aportes para os Jogos Paralímpicos, incluindo a emblemática Piscina Georges Vallerey, que sediou as competições de natação na Olimpíada de 1924. Essas reformulações incluem pisos táteis, rampas e até uma salinha para receber cães-guia.
No entanto, ainda existem desafios a serem superados. Por exemplo, o sistema metroviário de Paris é considerado problemático no que diz respeito à acessibilidade, com apenas 29 das mais de 300 estações sendo consideradas adequadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. E o projeto de tornar o metrô 100% acessível pode levar até 20 anos e custar cerca de 20 bilhões de euros.
Mesmo com esses desafios, Paris está empenhada em tornar a cidade mais inclusiva e acessível para todos. O legado deixado pelos Jogos Paralímpicos não se limita apenas ao esporte, mas também inclui melhorias significativas na infraestrutura e acessibilidade da cidade.