Durante a audiência, Margô apresentou uma pesquisa realizada pela UniSer que apontou que um curso universitário direcionado ao idoso tem um custo 27 vezes menor do que os gastos em um centro-dia, 30 vezes menor do que a manutenção de apoio domiciliar e 75 vezes menor do que a construção de um instituto de longa permanência. Ela enfatizou a importância de manter os idosos estudando para que permaneçam ativos por mais tempo e reduzam a necessidade de serviços de saúde caros.
Além disso, Margô destacou que manter os idosos ocupados também pode prevenir situações de violência, pois nem toda violência é física e muitas vezes não é revelada. A representante da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia na audiência, Marília Berzins, ressaltou que os idosos muitas vezes não se veem como vítimas de violência, tornando essencial que os profissionais de saúde notifiquem os casos suspeitos ou confirmados de violência.
A deputada Flávia Morais, que integra a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, defendeu que a violência contra idosos seja tratada de forma semelhante à Lei Maria da Penha, destacando a necessidade de penas mais severas para os agressores. Ela também alertou para a violência financeira cometida contra os idosos por meio de golpes envolvendo empréstimos consignados.
Por fim, o deputado Reginaldo Veras destacou a importância de implantar políticas públicas voltadas para a população idosa, que está envelhecendo a cada ano. Ele ressaltou a falta de um ministério ou secretaria específica para tratar da terceira idade e cobrou a capacitação de profissionais para identificar casos de violência contra os idosos.
Diante desse cenário, programas educativos e a capacitação de profissionais são essenciais para garantir o bem-estar e a segurança da população idosa, que está em constante crescimento no país.