Durante a audiência, o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery Machado Filho, garantiu que a tarifa estimada em R$ 0,80 por tonelada para o futuro operador da hidrovia não afetará os passageiros e pescadores que utilizam o Rio Madeira. Ele enfatizou que a cobrança incidirá apenas sobre grandes transportadores de soja, milho, fertilizantes e combustíveis. O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos, Dino Antunes Dias Batista, reforçou que ribeirinhos, pescadores e passageiros com cargas pequenas serão isentos da tarifa.
O empresário Claudomiro Carvalho Filho, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior (Abani), defendeu veementemente a concessão da hidrovia, argumentando que o desenvolvimento da navegação interior é fundamental para o crescimento econômico do país. No entanto, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) levantou preocupações sobre possíveis reajustes na tarifa e alertou para o impacto que isso poderia ter nos produtores agrícolas. O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) expressou receio em relação à aprovação do Ibama para a concessão hidroviária, destacando a morosidade e complexidade dos processos de licenciamento ambiental.
A audiência pública também contou com a presença dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Esperidião Amin (PP-SC), que demonstraram interesse e preocupações em relação à concessão da hidrovia no Rio Madeira. O senador Confúcio Moura ressaltou a importância de ouvir a opinião dos parlamentares e da população para avaliar a continuidade do projeto. A possibilidade de concessão hidroviária no Rio Madeira desperta grande interesse em Rondônia, mas também gera debates e incertezas sobre seu impacto e viabilidade a longo prazo.