Essa incrível taxa de crescimento levanta questionamentos sobre a precisão dos dados coletados pelo Censo e pelas estimativas atuais. A própria correção da população de 2022, avaliada em 210,9 milhões pelo IBGE no final de agosto de 2024, reforça a fragilidade dos resultados obtidos no último censo demográfico.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca a importância de realizar uma nova contagem populacional em 2025 para dissipar as dúvidas crescentes sobre a qualidade dos dados populacionais no país. Vale ressaltar que o tamanho da população é um critério crucial na distribuição de recursos para os municípios, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e diversos programas federais que auxiliam as prefeituras a fornecer serviços essenciais à população local.
A análise da CNM revela que a grande maioria dos municípios do país registrou um aumento populacional, com apenas 3,4% deles apresentando queda na população. Essas mudanças podem impactar diretamente no repasse de recursos, como no caso do FPM, que é a principal fonte de receita para a maioria das cidades do interior.
É importante destacar que a realização do Censo Demográfico a cada dez anos é determinada por lei, com o último sendo realizado em 2010. Já a contagem populacional, que deveria ocorrer a cada cinco anos, não foi realizada em 2015. Além disso, o Censo de 2022 enfrentou atrasos e problemas graves devido à falta de recursos e estrutura adequada.
Diante dessas questões, a CNM ressalta a necessidade de um comprometimento do Governo Federal e do Congresso Nacional para viabilizar a realização da contagem populacional em 2025, a fim de fornecer dados precisos e confiáveis que reflitam a realidade do país e auxiliem na formulação de políticas públicas eficazes.
Assinado,
Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM
