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Especialistas alertam para gravidade dos incêndios na Bolívia e Brasil; mais de 3,7 mil focos registrados no país vizinho.

A situação das queimadas na Bolívia e no Brasil continua preocupante, com um aumento significativo no número de focos de incêndio no país vizinho e uma redução mais modesta no território brasileiro. De acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Bolívia registrou mais de 3,7 mil focos de incêndio, enquanto o Brasil teve uma diminuição de 5,1 mil para pouco mais de 2,9 mil nas últimas 24 horas.

Diante desse cenário alarmante, o governo brasileiro tomou medidas para auxiliar a Bolívia no combate às chamas, enviando uma missão humanitária composta por 37 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública e 25 brigadistas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Essa equipe está atuando em cooperação com as forças bolivianas na fronteira entre os dois países, região que está sendo fortemente afetada pelos incêndios.

A situação é ainda mais crítica nos estados brasileiros que fazem fronteira com a Bolívia, como Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A Amazônia, que registrou 1,2 mil focos nas últimas 24 horas, e o Pantanal, com 204 focos, são os biomas mais afetados pelos incêndios.

Para combater esse cenário de destruição, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, determinou que o governo federal reforce as ações de combate aos incêndios nos dois biomas, convocando mais bombeiros militares. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto durante sua visita ao Amazonas, estabelecendo a criação do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Federal e do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, com o objetivo de coordenar e monitorar as ações de combate aos incêndios florestais em diferentes esferas do governo.

Diante da gravidade da situação, a cooperação entre Brasil e Bolívia se mostra essencial para controlar os incêndios e minimizar os impactos ambientais e sociais causados por esse desastre. Espera-se que as medidas adotadas pelos governos dos dois países possam contribuir para conter a propagação do fogo e proteger a biodiversidade dessas regiões afetadas.

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