Durante a reunião, ficou definido que apenas as pessoas diretamente envolvidas no júri deverão comparecer ao plenário, a fim de evitar aglomerações e possíveis tumultos. As defesas e acusação terão um prazo de 10 dias para apresentar as provas orais finais, e o juiz aceitou o pedido do advogado de Ronnie Lessa para que ele seja autorizado a conceder uma entrevista no dia anterior ao julgamento, como forma de agilizar o início da sessão.
Lessa, que atualmente está detido no presídio de Tremembé, em São Paulo, após uma delação premiada em que apontou os mandantes do crime, foi transferido para este local após solicitação no acordo de delação. A ordem para a transferência foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi expedido um ofício a ele solicitando autorização para a realização do julgamento.
O caso de Marielle Franco, vereadora pelo PSOL assassinada em 2018, ganhou repercussão internacional e foi considerado um ataque à democracia. Após uma investigação complexa, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos e apontados como autores do crime. Em 2024, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram presos e apontados como mandantes dos assassinatos. O processo que envolveos supostos mandantes tramita no Supremo Tribunal Federal.