Uma das metas estabelecidas é reduzir a taxa de mortalidade materna em 25% até 2027 e em 50% para as mulheres pretas. Em 2022, a taxa de mortalidade materna para mães pretas foi o dobro em comparação com o geral, atingindo 110,6 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos, enquanto a média geral foi de 57,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
O Brasil busca alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030, com apenas 30 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos. Durante o evento de lançamento da Rede Alyne, que ocorreu em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, o presidente Lula compartilhou sua própria história pessoal, emocionando-se ao relembrar a morte de sua primeira esposa, Maria de Lourdes, e do filho em 1971, devido a complicações durante o parto.
Lula destacou a importância de tratar todas as pessoas com respeito, independente de cor, origem ou religião, para construir uma sociedade mais civilizada e respeitosa. O novo modelo de cuidados em saúde materna, que homenageia Alyne Pimentel, busca evitar tragédias como a que ocorreu em 2002, quando ela faleceu grávida por falta de atendimento adequado na rede pública de saúde.
A Rede Alyne também prevê investimentos significativos no setor da saúde, com destaque para a ampliação da infraestrutura e o aumento dos recursos financeiros para garantir um atendimento adequado e humanizado às gestantes e recém-nascidos. Além disso, a iniciativa visa promover práticas como o Método Canguru e incentivar o aleitamento materno, visando melhorar os índices de saúde materna e infantil no país.
Por meio dessas ações, o governo busca promover uma mudança efetiva na rede pública de saúde, garantindo um atendimento de qualidade e respeito a todas as mulheres gestantes no Brasil. A Rede Alyne representa um avanço importante no cuidado com a saúde materna e infantil, contribuindo para a redução das desigualdades e melhorando os índices de saúde no país.
