Projeto de Lei obriga médicos a se identificarem em voos para atuação em situações de emergência, proposta do deputado Dr. Victor Linhalis

Na última quarta-feira, dia 13 de setembro de 2024, o deputado Dr. Victor Linhalis, do partido Pode-ES, apresentou o Projeto de Lei 3132/24, que tem como propósito obrigar médicos a se identificarem como profissionais da saúde ao embarcar em voos nacionais ou internacionais com origem no Brasil, com o intuito de atuar em situações de emergência médica. A iniciativa inovadora está sendo avaliada na Câmara dos Deputados e tem gerado discussões acerca do papel dos médicos durante viagens aéreas.

No momento, os médicos não são obrigados a se identificar nos voos, o que pode dificultar a rápida intervenção em casos de emergência. Quando um passageiro passa mal, por exemplo, os comissários frequentemente precisam buscar médicos a bordo, o que pode consumir tempo precioso. Com a proposta do deputado Linhalis, espera-se que esses profissionais estejam prontamente disponíveis e identificados desde o início do voo, facilitando a ação em situações críticas.

Segundo o próprio Dr. Victor Linhalis, a ideia não é sobrecarregar os médicos que viajam, mas sim reforçar o compromisso ético desses profissionais. A identificação prévia servirá como uma medida preventiva, garantindo que a tripulação possa contar com a assistência qualificada de um médico sem delongas em caso de emergência.

As regras propostas incluem a necessidade de os médicos se apresentarem à tripulação antes da decolagem e portarem documentos que comprovem sua habilitação. As companhias aéreas também terão a responsabilidade de informar os passageiros sobre a obrigatoriedade da identificação dos médicos a bordo e de certificar-se de que a tripulação esteja preparada para solicitar assistência médica quando necessário.

Além disso, o projeto reconhece a prestação de socorro como um ato de solidariedade respaldado pela legislação brasileira, garantindo que os médicos não sejam responsabilizados por complicações decorrentes de sua atuação a bordo. Em contrapartida, os profissionais terão direito à restituição do valor pago pela passagem aérea.

No momento, o projeto segue em tramitação e ainda precisa passar pelas comissões de Saúde, de Viação e Transportes, e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de se tornar lei. Para isso, será necessário o aval tanto dos deputados quanto dos senadores. A proposta tem despertado interesse e dividido opiniões, colocando em foco a importância da atuação dos médicos em situações de emergência durante viagens aéreas.

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