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Rio de Janeiro registra recorde de focos de incêndio em um único dia, atingindo 460 ocorrências, com mais de 16 mil no ano.

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro está enfrentando um desafio sem precedentes no combate a incêndios florestais no estado. Apenas no último dia, foram registrados 460 focos de incêndio, estabelecendo um novo recorde para o ano de 2024. Desde o início do ano, mais de 16 mil ocorrências já foram atendidas pela corporação, um aumento alarmante em comparação com anos anteriores.

Os dados divulgados pela corporação há cerca de duas semanas apontavam para um crescimento significativo nos casos de incêndios. O volume de ocorrências desde o início do ano é 85% maior do que no mesmo período de 2023. Municípios como Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias lideram a lista dos mais afetados, seguidos por outras cidades como Maricá, Nova Iguaçu, Niterói e Nova Friburgo.

A situação se agrava ainda mais quando os incêndios ocorrem próximos a comunidades, como é o caso do Parque Estadual da Pedra Branca e do Morro das Andorinhas, em Niterói. A preocupação dos moradores é evidente diante da propagação das chamas.

Além disso, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na região serrana, tem enfrentado uma intensa batalha contra os incêndios. A unidade de conservação, conhecida por sua extensa rede de trilhas e prática de esportes de montanha, tem mobilizado brigadistas e enfrentado desafios decorrentes do clima seco e dos fortes ventos.

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmam a gravidade da situação, com 840 focos de queimadas detectados desde o início do ano. O número de ocorrências de incêndios florestais atingiu o maior valor desde 2017, e a tendência é de que os registros aumentem nos próximos meses.

Diante desse cenário preocupante, a qualidade do ar também está sendo impactada, com estações de monitoramento registrando alterações nas condições atmosféricas. A população está sujeita a sintomas como tosse seca, cansaço e irritação nos olhos, nariz e garganta, principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.

O governo do Rio de Janeiro está tomando medidas para lidar com a situação, incluindo a troca de comando na Defesa Civil e a criação de um gabinete de crise. No entanto, o corte de recursos voltados para o combate aos incêndios foi motivo de preocupação e polêmica, levantando debates sobre a eficácia das ações governamentais.

Em resumo, o estado do Rio de Janeiro enfrenta uma crise sem precedentes de incêndios florestais, com impactos significativos na qualidade do ar e na saúde da população. Medidas urgentes e eficazes são necessárias para lidar com essa situação e proteger o meio ambiente e as comunidades afetadas.

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