De acordo com a Associação Nacional de Pessoas com Doenças Oculares — Retina Brasil, a saúde ocular no Brasil tem sido negligenciada como política pública, mesmo com os serviços oferecidos pelo SUS. Longas filas para consultas e cirurgias, demora no agendamento e realização de procedimentos oftalmológicos como cirurgias de catarata têm levado à perda da visão dos cidadãos.
A senadora também menciona relatórios importantes, como o Relatório Mundial sobre Visão de 2019 e o Relatório Condições de Saúde Ocular no Brasil 2023, que evidenciam os desafios significativos na área da oftalmologia, destacando as desigualdades na cobertura e qualidade dos serviços oftalmológicos.
Além disso, Damares ressalta a importância do diagnóstico precoce e tratamento eficaz na vida dos pacientes com problemas oftalmológicos. A falta de programas de triagem e prevenção pode levar a condições tratáveis, como catarata e glaucoma, evoluírem para estágios avançados, causando prejuízos econômicos e sociais para os brasileiros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo têm deficiência visual, sendo que pelo menos 1 bilhão poderiam evitar ou tratar suas deficiências. No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de pessoas sejam cegas, com as principais causas de cegueira ou baixa visão sendo catarata, erros refrativos não corrigidos, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade.
A indicação feita pela senadora é um instrumento importante para chamar a atenção das autoridades para a necessidade de aprimorar a política de saúde ocular no país. É fundamental que o Ministério da Saúde atue de forma eficaz para garantir um acesso adequado aos serviços oftalmológicos e, assim, melhorar a qualidade de vida da população. A saúde dos olhos não pode mais ser negligenciada e deve se tornar uma prioridade na agenda pública brasileira.
