A professora Silvana Moura, que reside em uma vila militar ao lado da Floresta Nacional, relatou que as chamas se aproximaram de sua residência no início da tarde desta segunda-feira (16). Ela descreveu a situação como assustadora, já que o fogo cercou a vila, deixando todos em estado de alerta.
Vale ressaltar que o Parque Nacional é uma importante unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente. A Polícia Federal já está investigando a origem do incêndio, que já devastou cerca de 700 hectares da área de proteção ambiental.
Apesar das condições adversas devido à fumaça densa, que tem prejudicado a respiração e causado irritações nos olhos e na pele, Silvana e sua família decidiram não evacuar o local por enquanto, devido aos seus quatro cachorros. Eles permanecem aguardando a ação do Exército e dos brigadistas que estão lutando para controlar o fogo, inclusive com o auxílio de aviões que estão lançando água sobre a área afetada.
Silvana destacou que essa é a pior situação que já enfrentaram no local, devido à intensidade do fogo. Algumas famílias vizinhas já começaram a deixar suas casas diante da fumaça e do receio de que o incêndio se alastre ainda mais.
Com o Distrito Federal registrando 146 dias consecutivos sem chuva ao longo do ano, o clima quente e seco tem dificultado o trabalho das equipes de combate ao incêndio, facilitando a propagação das chamas. A situação é preocupante e exige uma atuação rápida e eficaz das autoridades competentes para evitar danos ainda maiores ao meio ambiente e às comunidades locais.