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Representantes de uniões estudantis alertam para barreiras que geram evasão escolar e cobram ações no novo Plano Nacional de Educação.

Na manhã desta segunda-feira, representantes de uniões estudantis se reuniram na Comissão de Educação (CE) para discutir as principais barreiras que levam os alunos a abandonarem as escolas e universidades. Durante a audiência pública, eles também enfatizaram a importância de iniciativas de combate à evasão escolar que devem ser incluídas no novo Plano Nacional de Educação (PNE), que terá validade de 2024 a 2034.

O senador Flávio Arns (PSB-PR), que presidiu a reunião, destacou a participação dos estudantes nas decisões escolares como uma forma de tornar as escolas mais receptivas às necessidades e expectativas dos alunos, contribuindo assim para a redução da evasão. Ele ressaltou a importância de promover a participação dos alunos e alunas por meio de grêmios estudantis, para que eles possam debater questões relevantes junto à comunidade escolar.

O novo PNE apresenta 58 metas e 252 estratégias para a educação no país, com vigência de dez anos. Atualmente em vigor o PNE 2014-2024, que foi prorrogado até 31 de dezembro de 2025 enquanto o projeto de lei é analisado pelo Congresso.

Durante a discussão, o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Hugo Silva, ressaltou a necessidade de transformar a estrutura e o funcionamento das escolas públicas de educação básica para torná-las mais atrativas para os jovens e apresentar a educação como uma opção viável para suas vidas.

O representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, abordou a questão do abandono de cursos no ensino superior, atribuindo esse problema ao endividamento dos alunos. Ela defendeu um maior investimento público na educação superior para garantir a permanência dos estudantes nas universidades e o acompanhamento durante a conclusão do curso.

Por sua vez, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Gomes Araújo Filho, alertou para o risco de poucas metas do PNE serem cumpridas caso não haja um aumento nos investimentos públicos em educação. Ele destacou que os valores gastos com a dívida pública são muito superiores aos investimentos em educação, o que pode comprometer a implementação efetiva do plano.

Além disso, representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) criticaram o aumento das redes de escolas e faculdades privadas e alertaram para a mercantilização da educação. Eles ressaltaram a importância de considerar o interesse coletivo da educação em meio aos interesses privados do setor empresarial.

Diante dessas discussões e demandas apresentadas pelos representantes estudantis, o debate sobre o novo Plano Nacional de Educação se mostra crucial para garantir a qualidade e a efetividade das políticas educacionais no Brasil. É fundamental que as propostas apresentadas sejam debatidas e implementadas de forma a promover uma educação inclusiva e de qualidade para todos os brasileiros.

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