Além de Lira, estiveram presentes na reunião os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, juntamente com ministros do governo. Durante o encontro, Arthur Lira enfatizou a preocupação da Câmara dos Deputados em relação ao combate mais eficaz dos incêndios criminosos e destacou a necessidade de rever gastos para enfraquecer e monitorar as organizações responsáveis por esses crimes.
O presidente da Câmara também ressaltou a importância da recente aprovação de normas para combustíveis limpos, citando tecnologias como eólica offshore, hidrogênio verde e biomassa como o futuro da energia limpa no Brasil. No entanto, ele expressou preocupação com a possibilidade de outros países utilizarem as queimadas no Brasil como pretexto para adotar medidas protecionistas contra produtos nacionais.
Por sua vez, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, defendeu a necessidade de endurecer as penas para crimes ambientais, destacando a importância de penas mais severas para dissuadir possíveis infratores. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, alertou para a cautela na formulação de leis mais rigorosas, a fim de evitar um populismo legislativo que poderia comprometer o sistema penal brasileiro.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, agradeceu ao Congresso Nacional pelo aumento de 18% no orçamento destinado ao combate aos incêndios, porém ressaltou que ainda há 106 incêndios ativos que não estão sendo combatidos devido à falta de recursos. Até o dia 9 de setembro, as queimadas no Brasil já haviam devastado uma área equivalente ao território do estado do Paraná.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades presentes na reunião se comprometeram a buscar soluções eficazes para conter os incêndios criminosos e preservar o meio ambiente, reforçando a importância da cooperação entre os poderes e a sociedade civil para enfrentar esse desafio comum.
Por Francisco Brandão.returnValue e Geórgia Moraes.