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Marina Silva defende estudo científico para pavimentação da BR-319 entre Manaus e Porto Velho e alerta para impactos ambientais

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, manifestou-se de forma contundente nesta terça-feira (17) sobre a obra de pavimentação dos 918 quilômetros da BR-319, entre Manaus e Porto Velho. De acordo com a ministra, é imprescindível que o projeto seja embasado em estudos científicos sólidos e baseados em dados concretos.

Marina Silva ressaltou a importância de se ter um suporte técnico adequado para validar a viabilidade da obra, pontuando que essa análise prévia poderia fornecer uma resposta definitiva sobre o impacto ambiental da pavimentação da estrada. A ministra afirmou que se medidas como essa fossem adotadas anteriormente, diversos problemas poderiam ter sido evitados.

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a pavimentação de 20 km da rodovia, com a expectativa de licitar outros 32 km em um trecho com licença ambiental desde 2007. O investimento total previsto para a obra é de R$ 157,5 milhões, conforme informações do governo federal.

É importante ressaltar que o trecho a ser asfaltado faz parte de áreas funcionais da BR-319, que não incluem os 400 km do meio da estrada, onde ativistas ambientais alertam para possíveis danos significativos ao ecossistema. Marina Silva salientou que a decisão sobre a continuidade da obra só será tomada após uma avaliação técnica detalhada.

A ministra também destacou que atalhos e decisões arbitrárias não são a solução para questões complexas como a pavimentação de rodovias em áreas ambientalmente sensíveis. Ela enfatizou a importância de um estudo estratégico de avaliação ambiental para evitar o agravamento da grilagem e do desmatamento na região, que é vital para a preservação da Amazônia.

As declarações de Marina Silva foram feitas durante o programa ‘Bom Dia, Ministra’, do Canal Gov, onde a ministra também abordou as medidas do governo federal no combate aos incêndios florestais. Para ela, a pavimentação da BR-319 sem um estudo adequado pode intensificar os problemas de seca, estiagem e incêndios na região.

Diante disso, a ministra Marina Silva reforçou a necessidade de uma abordagem técnica e científica para garantir a preservação ambiental e a sustentabilidade da região da Amazônia diante de projetos de infraestrutura como a pavimentação da BR-319.

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