O investimento anual no novo contrato será de R$ 51,9 milhões, uma redução significativa se comparado aos R$ 96 milhões previstos no edital atual. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) estadual destaca que os novos equipamentos terão funcionalidades avançadas, como reconhecimento facial, leitura de placas de veículos, melhorias na conectividade e a possibilidade de transmissão ao vivo.
Além disso, as câmeras poderão ser integradas ao Programa Muralha Paulista, que tem o objetivo de identificar foragidos da Justiça. No entanto, críticos apontam que o programa aumenta a vigilância sem critérios claros e reforça preconceitos em abordagens policiais.
A distribuição das câmeras seguirá o protocolo da Polícia Militar, priorizando tropas como a Rota e a Rocam, que atuam em regiões com maiores índices de ocorrências. Essas unidades estiveram envolvidas em Operações Escudo, marcadas pelo aumento dos índices de letalidade policial, que recentemente cresceu no estado após dois anos de queda.
O governo garante que o novo contrato respeitará a Lei Geral de Proteção de Dados e as normas estabelecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Inicialmente questionado por denúncias de favorecimento à Motorola, a SSP reafirmou o cumprimento das leis de licitação e a fiscalização externa durante todo o processo.
Essas mudanças no sistema de câmeras corporais da Polícia Militar de São Paulo têm gerado debates sobre a vigilância policial e a proteção de dados dos cidadãos, com críticas e elogios ao novo modelo implementado.