Dez cidades do Norte e Centro-Oeste lideram queimadas no Brasil, causando rastro de destruição e preocupação ambiental.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil estão enfrentando uma situação crítica em relação às queimadas. Desde o início do ano, o país registrou 190.943 focos de incêndio, sendo que 20,5% deles estão concentrados em apenas dez cidades dessas regiões.

Entre os estados mais afetados estão o Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia. São Félix do Xingu, no Pará, é a cidade mais atingida, com 6.474 focos de fogo, seguida por Altamira, também no Pará, com 5.250 locais de queimadas. Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Novo Progresso, no Pará, aparecem em terceiro e quarto lugar, respectivamente.

Destaca-se que nove das dez cidades mais afetadas estão na Amazônia, com a exceção de Corumbá, que é a porta de entrada para o Pantanal. Segundo Beto Mesquita, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, a concentração de incêndios na Amazônia é preocupante e indica uma intensificação do desmatamento.

Além disso, sete dessas cidades também estão entre os municípios que mais desmataram em 2023, de acordo com o sistema Prodes do Inpe. Isso reforça a ligação entre desmatamento e queimadas, evidenciando a necessidade de ações mais assertivas por parte dos governos federal e estaduais para combater essas práticas de degradação ambiental.

Com os incêndios se tornando novos vetores de destruição, é fundamental adotar estratégias mais eficientes de combate, fiscalização e preservação das áreas afetadas. O desafio para as autoridades é compreender melhor essas dinâmicas e agir de forma rápida e eficaz para evitar danos irreparáveis ao meio ambiente e às populações locais.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo