Cientista político e ex-aluno de Freire, Rudá Ricci, atual presidente do Instituto Cultiva, compartilhou uma experiência pessoal significativa durante uma entrevista à Agência Brasil. Ele descreveu seu primeiro encontro com o renomado educador quando ainda era um estudante de direito e a profunda influência que Freire exerceu em sua vida e carreira. Ricci destacou a abordagem sofisticada e sofisticada de Freire em suas aulas, enfatizando a importância do diálogo e da reflexão como elementos essenciais do processo educativo.
Freire acreditava que a dimensão política da educação reside na relação entre educador e educando. Ele defendia uma abordagem centrada no contexto do aluno e na compreensão de suas necessidades individuais. Ricci enfatizou a importância de considerar o ambiente social e emocional dos alunos, rejeitando a ideia de avaliação baseada apenas em indicadores de desempenho, e ressaltou a necessidade de integração entre diferentes setores da sociedade para promover uma educação mais inclusiva e humanizada.
Sob a perspectiva pedagógica freiriana, a relação entre educador e educando é transformadora para ambas as partes. Os educadores são desafiados a praticar o autocontrole, a empatia e a escuta ativa, adotando uma postura colaborativa e respeitosa em sala de aula. Freire enfatizava a importância do diálogo e da democracia no ambiente educacional, incentivando os professores a compreender as diferentes perspectivas dos alunos e a respeitar suas opiniões.
A série “Os 7 Mitos sobre Paulo Freire” lançada pelo Instituto Cultiva destaca e desmente algumas das falsas interpretações comuns sobre o educador. Entre os mitos abordados estão a alegação de que Freire doutrinava em vez de educar, de que seu método contribuiu para o aumento do analfabetismo no Brasil, e de que ele era um fracasso. Através desse esforço educativo e informativo, o legado de Paulo Freire continua a inspirar e desafiar aqueles que buscam uma educação mais inclusiva, crítica e emancipatória.