Apesar do crescimento positivo no valor de produção total, o aumento de 5,4% em relação ao ano anterior foi o menor dos últimos cinco anos. O destaque em 2023 foi para a produção de “ovos de galinha”, que registrou um crescimento de 17,3%, atingindo a marca de R$ 30,4 bilhões. Além disso, a aquicultura teve um desempenho significativo, contribuindo com um acréscimo de R$ 1,5 bilhão em relação a 2022.
No cenário das exportações, as carnes in natura foram destaque, com recordes de vendas para países como a China, principal destino da carne bovina brasileira. No entanto, apesar dos bons resultados nas exportações, o mercado leiteiro enfrentou desafios, com uma alta nas importações e uma redução no preço médio pago ao produtor, reflexo da demanda interna mais baixa.
A pecuária bovina brasileira também passou por transformações em 2023, com um novo ciclo em seu processo produtivo. O aumento no abate de fêmeas e a queda no preço da arroba do boi foram fatores que impactaram o setor, mesmo com o rebanho bovino atingindo um novo recorde de 238,6 milhões de cabeças.
Nos estados, Mato Grosso se manteve como o principal produtor, seguido pelo Pará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O destaque também vai para municípios como São Félix do Xingu (Pará) e Corumbá (Mato Grosso do Sul), que lideraram o ranking municipal de efetivo de bovinos em 2023.
Em termos de tecnologia, a produção de leite foi recorde, atingindo 35,4 bilhões de litros, mesmo com um decréscimo no número de vacas ordenhadas. A produção de ovos de galinha também alcançou números históricos, assim como a produção de mel e de peixes.
O setor de caprinos e ovinos também registrou aumentos significativos em 2023, com a Região Nordeste se destacando como a principal responsável pelo crescimento nacional.
Em resumo, o setor agropecuário brasileiro mostrou sua resiliência e capacidade de adaptação em um ano desafiador, consolidando sua posição como um dos pilares da economia do país.