Mercado financeiro enfrenta turbulência com alta do dólar e queda da bolsa de valores em dia de ajustes técnicos no exterior.

Em um cenário de ajustes técnicos no exterior e de expectativas no Brasil, o mercado financeiro enfrentou turbulências nesta sexta-feira. O dólar, após sete quedas consecutivas, teve uma forte alta e voltou a ser cotado acima dos R$ 5,50. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores registrou sua quarta queda consecutiva, aproximando-se dos 131 mil pontos.

O dólar comercial fechou o dia sendo vendido a R$ 5,521, com uma alta de R$ 0,097 (+1,78%). A cotação iniciou o dia próxima da estabilidade, mas disparou após a abertura dos mercados norte-americanos, alcançando sua máxima no encerramento.

Apesar do aumento registrado nesta sexta, o dólar norte-americano ainda acumula uma queda de 2,51% no mês de setembro. Já no ano de 2024, a moeda apresenta uma alta de 13,76%.

O mercado de ações também continuou em queda, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em 131.065 pontos, uma queda de 1,55%. Esse é o menor nível atingido desde 9 de agosto, com uma queda de 2,83% na semana.

A valorização do dólar foi influenciada pela atuação dos investidores estrangeiros, que aproveitaram a queda recente da moeda para comprar. Além disso, a decisão da China em manter os juros básicos estimulou a alta da moeda, prejudicando países exportadores de commodities, como o Brasil.

Já no âmbito da Bolsa de Valores, as ações refletiram o aumento da Taxa Selic, que incentiva os investidores a migrarem para investimentos de menor risco, como títulos públicos e renda fixa. As expectativas em relação a novos congelamentos no Orçamento de 2024 também influenciaram o mercado, com os investidores aguardando o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas que será divulgado pelo Ministério do Planejamento.

O cenário econômico, tanto nacional quanto internacional, continua apresentando desafios e incertezas, o que impacta diretamente nos resultados do mercado financeiro. Acompanharemos de perto as próximas movimentações para entender melhor o panorama econômico atual.

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