Comissão da Câmara dos Deputados vota proposta que proíbe união homoafetiva e gera polêmica na sociedade

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados está reunida no plenário 1 para votar uma proposta que tem gerado polêmica. Essa proposta busca incluir no Código Civil a proibição da união homoafetiva, ou seja, a proibição do casamento e da constituição de famílias por pessoas do mesmo sexo.

O projeto de lei 5167/09, de autoria do ex-deputado Capitão Assumção (ES), é o foco da discussão. Segundo esse projeto, as relações homoafetivas não devem ter o mesmo status do casamento ou da entidade familiar. O debate em torno dessa proposta tem mobilizado tanto defensores quanto críticos do reconhecimento legal das uniões homoafetivas.

No entanto, é importante destacar que essa proposta não é a única em tramitação no Congresso Nacional sobre o tema. O projeto de lei 580/07, do ex-deputado Clodovil Hernandes (SP), que está apensado ao PL 5167/09, vai no sentido oposto e permite que duas pessoas do mesmo sexo possam constituir união homoafetiva por meio de contrato.

O parecer do relator na Comissão de Previdência, deputado Pastor Eurico (PL-PE), é pela rejeição do projeto do ex-deputado Clodovil e pela aprovação do PL 5167/09. Essa posição do relator tem gerado controvérsias e debates acalorados durante a votação, tanto entre os deputados quanto entre os representantes da sociedade civil que acompanham o processo.

Toda essa discussão é impulsionada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011, que reconheceu a união homoafetiva como núcleo familiar, equiparando as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres. Portanto, a proposta em análise na Comissão de Previdência vai de encontro a essa decisão do STF e suscita questionamentos sobre a garantia dos direitos das pessoas LGBT+.

Nesse contexto, é fundamental que a sociedade esteja atenta e participe ativamente desse debate, para que sejam levadas em consideração as diversas perspectivas e para garantir a igualdade de direitos para todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual.

Acompanharemos de perto o desdobramento desse debate na Comissão de Previdência e estaremos atentos às decisões que serão tomadas em relação à união homoafetiva no Brasil.

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