Governo Federal anuncia substituição gradual da Vacina Oral Poliomielite pela versão inativada a partir de 2024.

O Governo Federal planeja substituir gradualmente a Vacina Oral Poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) a partir de 2024. A recomendação foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que levou em consideração as novas evidências científicas para proteção contra a doença. Essa atualização não significa que a vacina em sua versão “gotinha” será eliminada imediatamente, mas é um avanço tecnológico para aumentar a eficácia do esquema vacinal, que será implementado após um período de transição.

O Zé Gotinha, símbolo icônico da importância da vacinação no Brasil, continuará a desempenhar seu papel de sensibilizar crianças, pais e responsáveis em todo o país, participando de ações de imunização e campanhas governamentais.

A nova recomendação foi apresentada durante uma live da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) na sexta-feira (7/7). O objetivo do encontro com representantes da instituição em todo o Brasil foi expor as ações do Ministério da Saúde para aumentar as taxas de vacinação, especialmente entre as crianças, e debater a importância da adesão dos profissionais de saúde e médicos ao Movimento Nacional pela Vacinação.

“A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do Governo Federal. Esse é um movimento, não uma campanha isolada, exatamente porque buscamos a continuidade e o monitoramento constante dos resultados. Esse trabalho não se limita ao Ministério da Saúde, por isso estamos indo onde estão os movimentos da sociedade”, afirmou Nísia Trindade.

Em relação às vacinas contra a poliomielite, a recomendação é que o Brasil adote exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) para a dose de reforço aos 15 meses de idade, substituindo a forma oral atualmente utilizada. A VIP (injetável) já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição a partir do primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina receberão apenas um reforço com a VIP (injetável) aos 15 meses.

A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, uma vez que o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. Essa atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o assunto. Embora não tenha havido notificação de casos de pólio no Brasil desde 1989, as coberturas vacinais contra a doença têm caído constantemente nos últimos anos. No ano passado, a cobertura alcançou apenas 77,19%, longe da meta de 95%. Por isso, é fundamental para o país retornar aos altos índices de cobertura vacinal que já foi referência internacional.

É importante ressaltar que essa notícia se baseia em informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, porém, a fonte não foi citada no texto.

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