Governo anuncia criação do centro integrado para combater milícias e facções criminosas no Rio de Janeiro

Nesta quarta-feira (1º), foi anunciado pelos governos federal e do estado do Rio de Janeiro a criação do Centro Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra). O principal objetivo desse centro será combater os crimes financeiros e a lavagem de dinheiro, visando sufocar financeiramente as milícias e as facções criminosas que dominam o comércio de drogas no estado.

Esse centro contará com representantes de várias instituições, incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Civil fluminense e a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Além disso, também serão convidados representantes do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, a expectativa é que o centro comece a funcionar efetivamente na próxima semana. Para isso, uma equipe da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) será deslocada para o Rio de Janeiro, juntamente com policiais que já atuam no Coaf e que serão realocados para as investigações financeiras.

A descapitalização das organizações criminosas é considerada essencial para reduzir o poder ofensivo desses grupos e possibilitar o desmantelamento de todo o sistema de atuação. Com a união de diversas instituições e o compartilhamento de informações, espera-se que o combate aos crimes financeiros se torne mais eficiente no estado, enfraquecendo as estruturas das milícias e facções responsáveis pelo narcotráfico.

O Rio de Janeiro é reconhecido como um dos principais focos de atuação das milícias e facções criminosas no país. Esses grupos não apenas controlam o tráfico de drogas, mas também praticam extorsões, sequestros e outros crimes violentos. Portanto, a criação do Ciifra representa um avanço significativo no combate a essas organizações, já que ataca diretamente o seu ponto mais vulnerável: o dinheiro.

A partir de agora, o centro terá a difícil tarefa de investigar as movimentações financeiras dessas organizações e buscar meios de recuperar os ativos provenientes de atividades criminosas. A cooperação entre as instituições envolvidas e o compartilhamento de informações serão fundamentais para alcançar resultados efetivos, levando à redução da violência e ao enfraquecimento dessas organizações criminosas que tanto assolam o estado do Rio de Janeiro.

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