Presidente Lula veta projeto que acabava com adicional de periculosidade para motoristas de caminhões com tanque extra de combustível

No último dia 1º, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei da Câmara dos Deputados que tinha como objetivo acabar com o adicional de periculosidade para motoristas de caminhões com tanque extra para combustíveis. Esses reservatórios são utilizados pelas empresas de carga e de passageiros para aumentar a autonomia dos veículos.

O projeto, de autoria do ex-deputado Celso Maldaner (SC), havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, onde foi relatado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), e também pelo Senado. Entretanto, o presidente Lula decidiu vetar o projeto e a mensagem de veto foi publicada no Diário Oficial da União.

O motivo do veto segundo Lula, é devido ao projeto não apresentar critérios e parâmetros para as quantidades de combustíveis que podem ser transportadas com segurança pelos motoristas, o que vai de encontro com a legislação trabalhista vigente. Vale ressaltar que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) considera perigosas as atividades que impliquem risco ao trabalhador em virtude de exposição permanente a inflamáveis, explosivos e outros. Nessas situações, o empregado tem direito a um adicional de 30% sobre o salário.

No entanto, uma decisão judicial do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado determinou que tanques extras com capacidade superior a 200 litros garantem o pagamento do adicional de periculosidade ao motorista. O projeto aprovado pelo Congresso e que agora foi vetado visava acabar com essa possibilidade.

Agora, o veto presidencial será analisado pelos deputados e senadores em uma sessão conjunta que ainda será marcada. Os parlamentares terão a opção de derrubar o veto, tornando o projeto em lei, ou mantê-lo como está.

Essa discussão é de extrema importância para os motoristas de caminhões que utilizam tanques extras para transportar combustíveis. A decisão final sobre a permanência do adicional de periculosidade para esses profissionais aguarda a decisão do Congresso Nacional.

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