Senador acusa governo de atacar jornalista do Estadão em pronunciamento no Plenário do Senado.

Em um pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (20), o senador Marcos Rogério (PL-RO) fez graves acusações ao governo federal, afirmando que o mesmo estaria promovendo “ataques pessoais” contra a jornalista Andreza Matais, do renomado jornal O Estado de S. Paulo. O senador ressaltou que este seria apenas um exemplo de um “modus operandi” recorrente na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o trabalho da imprensa.

De acordo com o senador, a defesa da democracia por parte do governo Lula só funcionaria no discurso e na teoria. Na prática, ele afirma, o que se vê é a perseguição de jornalistas e veículos de comunicação, bem como a coação de pessoas que ousam publicar denúncias ou conteúdos contrários ao governo. Rogério foi enfático ao afirmar que a esquerda adota um padrão de ataque baixo, intimidação e tentativa de silenciamento quando se depara com críticas.

O caso em questão envolve a editora-executiva de Política do jornal O Estado de S. Paulo, Andreza Matais, que publicou reportagens sobre a presença de Luciane Barbosa Farias em reuniões nos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, apontado como líder do Comando Vermelho no Amazonas e preso por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ela participou das reuniões como representante do Comitê Estadual para Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas.

Além disso, o senador apontou que a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o ministro da Justiça, Flávio Dino, compartilharam “acusações falsas” sobre a produção das reportagens e divulgaram a foto da jornalista Andreza Matais, o que gerou uma verdadeira “onda de ataques pessoais” contra a jornalista. Ele ironizou a reação dos membros do governo sobre o caso, afirmando que eles agem para criar “desinformação”.

A indignação do senador ficou evidente quando ele expôs que, segundo membros do governo, denunciar o fato de alguém que representa o crime organizado ser recebido em agendas na pasta da Justiça e Segurança Pública seria considerado um absurdo. Ele enfatizou que políticas de combate ao crime e ao narcotráfico não seriam prioridades no governo, mas a agenda com a “dama do tráfico” no Ministério da Justiça é que não poderia ser questionada.

Diante dessas graves acusações, fica evidente a tensão entre o governo e a imprensa, especialmente quando se trata de reportagens que expõem questões controversas. Este episódio reforça a importância da liberdade de imprensa e do papel crucial dos veículos de comunicação na fiscalização do poder. A atitude do senador Marcos Rogério evidencia que a luta pela defesa da liberdade de imprensa continua em pauta no cenário político brasileiro.

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