Presidente da Petrobras afirma que nunca se sentiu ameaçado no cargo ou recebeu pedidos de Lula para baixar preço dos combustíveis

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que em nenhum momento se sentiu ameaçado no cargo ou recebeu pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para baixar o preço dos combustíveis. A declaração foi dada em um encontro com jornalistas no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (24). Prates enfatizou que o presidente Lula não interferiu na elaboração final do plano estratégico da companhia, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos.

Prates destacou a mudança na política de precificação da empresa em maio deste ano, abandonando o preço de paridade de importação (PPI), implantado durante o governo Michel Temer. Segundo o presidente da Petrobras, a empresa não está mais reajustando os preços em tempo real e em dólar, de acordo com a paridade de importação. Prates elogiou a transição para uma prática que leva em consideração fatores nacionais e componentes da estrutura de produção no Brasil, trazendo estabilidade ao mercado.

O CEO da Petrobras confirmou que ela conversa com o presidente Lula sobre o cenário e comportamento dos preços internacionais, uma vez a cada duas semanas em Brasília. Ele enfatizou a importância dessa comunicação, uma vez que o governo é o acionista majoritário da empresa.

No entanto, Prates ressaltou que em nenhum momento recebeu do presidente Lula um pedido para baixar ou aumentar o preço dos combustíveis. Ele afirmou que se sente seguro no cargo e que, ao longo deste ano, a companhia alcançou vários recordes de operação e de valorização das ações.

O preço dos combustíveis tem sido um tema presente no governo, com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendendo queda nos preços e incentivando a Petrobras a rever sua política de precificação. No entanto, o presidente da Petrobras garantiu que o governo não interfere na tomada de decisão da empresa.

Apesar disso, Prates explicou que a reunião em Brasília com o presidente Lula e ministros foi um pedido dele, no qual apresentou os conceitos do plano estratégico da Petrobras. Ele reafirmou que não houve intervenção do presidente na elaboração final do plano e que se sente confortável em seu cargo.

Em suma, o presidente da Petrobras deu declarações esclarecedoras sobre a relação da empresa com o governo, a política de preços e a condução do plano estratégico. Suas palavras destacam a independência da Petrobras e a segurança do presidente em seu cargo.

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