Em sua visita ao Oriente Médio e sua passagem por Dubai, nos Emirados Árabes, o presidente brasileiro teve a oportunidade de conversar com jornalistas antes de seguir para Berlim, na Alemanha, onde tem compromissos da agenda bilateral. Vale ressaltar que a Alemanha é um dos países que apoia o acordo Mercosul-UE.
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou sua oposição ao acordo, classificando-o como “incoerente” e “mal remendado”. Para Macron, o acordo não leva em consideração a biodiversidade e o clima, além de ser antiquado e remover tarifas. Em resposta, Lula apontou o protecionismo da França em relação aos seus interesses agrícolas.
Além disso, o presidente brasileiro defende alterações em pontos do acordo de livre comércio que abordam licitações de compras governamentais, afirmando que é uma oportunidade para o desenvolvimento da indústria nacional e para as pequenas e médias empresas.
Após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE aguarda a ratificação pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. Ele abrange temas tarifários e regulatórios, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias, e propriedade intelectual.
Lula declarou que, caso o acordo não seja concretizado, a culpa deve ficar clara e que o Brasil não concordará com um acordo que represente prejuízo para o país.
Portanto, é evidente que a questão do acordo Mercosul-UE continua sendo um assunto delicado e de grande importância para as relações comerciais entre os blocos, e as negociações seguem com incertezas em relação ao desfecho.