CCJ da Câmara dos Deputados aprova proposta que proíbe condenados por crimes sexuais contra crianças de trabalhar com menores

Na última quinta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que visa proibir que condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes exerçam profissões relacionadas a este público. O relator da proposta, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentou um parecer favorável ao substitutivo da então Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 6477/19, do deputado Lucas Redecker (PSDB-RS).

Essa proposta altera o Código Penal para incluir como um dos efeitos da condenação por crime contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes a proibição do exercício de atividade profissional voltada para este grupo. Vale ressaltar que essa regra se aplica tanto a atividades remuneradas quanto não remuneradas, abrangendo condenações decorrentes dos crimes sexuais previstos no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 2015 e 2021, foram notificados mais de 200 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Diante disso, Diego Garcia destacou a importância de ambientes como as escolas no enfrentamento desses crimes, enfatizando que esses locais podem auxiliar nos processos de identificação e denúncia dos delitos, além de servirem como instrumentos de prevenção.

O parlamentar também ressaltou a necessidade de proibir que pessoas condenadas por crimes sexuais contra crianças e adolescentes exerçam funções relacionadas aos cuidados e à instrução dessa parcela delicada e vulnerável da população. Essa medida visa garantir a segurança e proteção das crianças e adolescentes, além de evitar a repetição de casos de abuso sexual.

Por fim, é importante destacar que a proposta ainda passará por outras etapas de tramitação na Câmara dos Deputados. A sua aprovação na CCJ representa um passo importante e simbólico na luta contra a violência sexual infantil, demonstrando a preocupação e o comprometimento do legislativo em lidar com essa questão sensível e urgente.

O texto foi elaborado por Paula Moraes e editado por Ana Chalub.

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