CCJ aprova proposta que obriga hospitais a oferecer leito separado para mães que perdem filhos por aborto ou natimorto

Na última terça-feira, dia 11/12/2023, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que visa obrigar hospitais públicos e privados a disponibilizarem um leito separado na maternidade para mulheres que tenham passado por um aborto espontâneo ou que tenham dado à luz a uma criança morta. Além disso, a proposta também estabelece que os hospitais ofereçam assistência psicológica para os pais que passam por essas situações, como também o acompanhamento psicológico por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

O deputado Afonso Motta (PDT-RS) foi o relator do texto na CCJ e apresentou um parecer favorável ao substitutivo da então Comissão de Seguridade Social ao Projeto de Lei 978/19, de autoria da deputada Flávia Morais (PDT-GO) e da ex-deputada Carla Dickson. Essa proposta tem o intuito de incluir medidas no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei 8.080/90, que trata do SUS.

O Projeto de Lei 978/19 passou por um processo de tramitação em caráter conclusivo, o que significa que já está apto para seguir para o Senado, a menos que haja um recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

O objetivo dessa proposta é oferecer suporte emocional e físico para as mulheres e suas famílias em momentos tão delicados. O debate sobre o tema tem sido destacado como essencial para garantir que as mulheres tenham condições adequadas durante o processo de perda gestacional e para lidar com o luto materno.

Essa atitude pode ser considerada um avanço significativo na área da saúde e bem-estar, direcionada para um assunto muitas vezes negligenciado. O suporte emocional e psicológico durante esses momentos pode ser crucial para o processo de luto e recuperação, e a disponibilização de leitos separados busca oferecer um ambiente mais acolhedor e respeitoso nessas circunstâncias delicadas.

Dessa forma, a aprovação desse projeto representa um passo importante no sentido de garantir um atendimento mais humano e sensível para mulheres e suas famílias em momentos de grande vulnerabilidade. A proposta deve seguir para o Senado e, se aprovada, pode impactar positivamente a jornada de muitas famílias que passam por essa situação.

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