35 anos da morte de Chico Mendes: Ativismo, legado e desafios para a preservação da Amazônia e dos trabalhadores rurais.

A morte de Chico Mendes completa 35 anos e o legado do líder seringueiro ainda reverbera até hoje, influenciando a luta pela preservação da Amazônia e dos direitos dos trabalhadores rurais. Em uma entrevista exclusiva, o engenheiro agrônomo Gomercinco Rodrigues, conhecido como Guma, relembra emocionado o fatídico dia em que conversou com Chico Mendes antes de seu assassinato em 22 de dezembro de 1988.

Guma recorda as preocupações que teve com a segurança do ativista e a movimentação de pistoleiros na região. Minutos após sua visita à casa de Chico Mendes, ele soube que seu amigo havia sido alvejado por um tiro de espingarda no peito. Guma foi responsável por tentar buscar ajuda pela cidade, que na época tinha poucos carros disponíveis. Ele recorda o momento com detalhes, revelando a dor e o desespero que sentiu ao saber da morte de Chico Mendes.

Após o assassinato, Guma e outros ativistas fundaram o Comitê Chico Mendes para cobrar uma investigação rápida e punição para os culpados. No entanto, a realidade de impunidade ainda prevalece 35 anos depois, como revelam os números recentemente divulgados pela organização não governamental Global Witness – um em cada cinco assassinatos de defensores da terra e do meio ambiente ocorreram na Amazônia.

A filha de Chico Mendes, Ângela Mendes, que é a atual coordenadora do Comitê, relembra a criação da organização na noite do assassinato de seu pai. Ela destaca a importância das reservas extrativistas como um dos legados mais importantes de Chico Mendes, que promovem o desenvolvimento sustentável e a preservação cultural das populações tradicionais.

O legado de Chico Mendes continua inspirando pessoas como Ângela, que seguiu os passos de seu pai e se tornou uma renomada bióloga, atuando na preservação ambiental. O triste episódio do assassinato de Chico Mendes serve como um lembrete constante da necessidade de continuar lutando pela preservação da Amazônia e dos direitos dos trabalhadores rurais. Ao preservar a memória de Chico Mendes, seu legado se mantém vivo, inspirando as futuras gerações a continuar a luta pela preservação ambiental e justiça social.

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