A roda de conversa, realizada no Benedito Bentes, foi conduzida pela coordenadora Arísia Barros e pela psicóloga Poly Moraes. Durante a discussão, foram abordadas as diversas vivências compartilhadas por adolescentes e jovens negros ao longo de sua formação, tais como baixa autoestima, discriminação e o processo de reconhecimento e aceitação de sua identidade racial.
Uma das participantes atentas à conversa foi Evelin Santos, de 18 anos, que destacou a importância do debate sobre o próprio aceitamento. Segundo ela, a discussão a fez refletir sobre sua própria trajetória na escola, onde enfrentou desafios relacionados ao seu processo de identificação como mulher negra.
Além disso, a roda de conversa também abordou os 21 anos da Lei° 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas. Para Arísia Barros, o ensino desempenha um papel fundamental no combate ao racismo, pois o conhecimento sobre essa realidade é o primeiro passo para a mudança.
A atividade mobilizou jovens e adolescentes do coletivo, que se mostraram cada vez mais engajados na pauta. A presidente do Coletivo Mulheres da Periferia, Erivânia Gatto, ressaltou a importância da presença de psicólogos e a realização de rodas de conversa para que as mulheres se sintam mais preparadas para enfrentar o racismo em seu cotidiano.
A iniciativa faz parte da Campanha Maceió é Massa Sem Racismo, que busca promover o diálogo e a conscientização sobre questões raciais e de gênero na cidade de Maceió. Através de atividades como esta roda de conversa, a campanha busca estimular a reflexão e a construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todos os cidadãos.