Aprovado projeto que prioriza transplantes e orgãos na concessão do Minha Casa, Minha Vida

No último dia 12/01/2024, a Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa garantir atendimento prioritário no programa Minha Casa, Minha Vida a famílias com pessoas que realizaram transplante de órgãos ou que estão na lista única de transplante de órgãos e tecidos. Com a aprovação deste projeto, a proposta altera a Lei 14.620/23, que reabre o programa habitacional e estabelece prioridade para diversas situações.

Dentre as situações contempladas, estão famílias que estão sob responsabilidade de mulheres, que possuem membros com deficiência, que estão desabrigadas ou residentes em áreas de risco ou insalubres. O texto aprovado representa um substitutivo da relatora, deputada Lêda Borges (PSDB-GO), ao Projeto de Lei 6095/13, de autoria do ex-deputado Valadares Filho (SE).

É importante ressaltar que o parecer excluiu a medida prevista no texto original que garantia prioridade a famílias com pessoas de 15 a 29 anos com acesso reduzido a serviços de educação, cultura, esporte e lazer, como previsto no Estatuto da Juventude. De acordo com a relatora, a mudança tem o objetivo de adaptar o texto à nova legislação (Lei 14.620/23), que já assegura prioridade no atendimento do programa habitacional a famílias com crianças ou adolescentes.

Além disso, o texto aprovado também inclui entre os critérios de prioridade a proximidade entre o empreendimento e o local de trabalho do potencial beneficiário, favorecendo a dinâmica de deslocamento nas cidades. Outros critérios previstos são o tempo de residência do beneficiado no município e a existência de pessoa com doença crônica incapacitante para o trabalho, comprovado por laudo médico, na família.

A responsabilidade de instalar ou ampliar equipamentos de educação, cultura, esporte, saúde, lazer e transporte público nas áreas alcançadas pelo Minha Casa, Minha Vida também ficará a cargo do Poder Público local, conforme previsto no substitutivo aprovado.

Por fim, o projeto ainda precisa ser analisado, em caráter conclusivo, pela comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A reportagem foi realizada por Emanuelle Brasil e a edição foi feita por Rodrigo Bittar.

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