Com a proximidade do carnaval, a médica psiquiatra Manuela Antunes, do Serviço de Qualidade de Vida do Trabalhador (SQVT) do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, fez um alerta importante: evitar a mistura de medicações com bebidas alcoólicas. Segundo a especialista, essa prática pode acarretar sérios problemas à saúde, especialmente para pacientes com doenças crônicas ou em tratamento psiquiátrico.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool por pessoa é de 6,4 litros. No entanto, no Brasil, esse número é elevado, com 8 litros consumidos por pessoa a cada ano. Apesar disso, pouco se fala sobre a interação das bebidas alcoólicas com os diversos tipos de remédios.
A Dra. Manuela Antunes ressalta que as pessoas costumam exagerar no consumo de bebidas alcoólicas durante o carnaval. Isso é perigoso para quem faz uso de medicamentos controlados, pois a associação entre álcool e certos tipos de remédios pode agravar sintomas psiquiátricos, desencadear sintomas adversos e até mesmo comprometer a eficácia do tratamento.
Ela destaca que pacientes em tratamento com antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor, anticonvulsivantes, psicoestimulantes, indutores de sono e outros medicamentos do gênero não devem, em hipótese alguma, fazer uso de bebidas alcoólicas. A interação entre essas substâncias pode resultar em sintomas como falta de memória, alteração na pressão arterial, tonturas, comportamentos inadequados, náuseas, entre outros.
A médica ainda ressalta a importância de não interromper o tratamento de forma abrupta para consumir álcool, pois isso pode levar ao retorno dos sintomas psiquiátricos de forma mais intensa. Além disso, ela alerta que algumas medicações têm restrições com o consumo de álcool, enquanto outras não. Desta forma, é crucial consultar um médico ou farmacêutico antes de misturar álcool com qualquer medicamento.
Portanto, durante o carnaval e em qualquer época do ano, é essencial prestar atenção aos riscos associados à combinação de medicações e álcool. A mensagem da Dra. Manuela Antunes serve como um alerta importante para a população, visando a preservação da saúde e a prevenção de complicações decorrentes da interação entre essas substâncias.