Polícia Científica de Alagoas intensifica atuação contra crimes cibernéticos, com foco em pedofilia, fraude e homicídio. Expectativa de ampliação do setor.

A Polícia Científica de Alagoas divulgou, nesta terça-feira (19), um balanço das perícias criminais realizadas pela Chefia de Crimes de Informática do Instituto de Criminalística no ano passado, indicando que pretende ampliar o combate a crimes de informática.

Segundo informações da Polícia Científica, os peritos do setor realizaram 431 exames periciais que resultaram em 225 laudos emitidos, contribuindo diretamente para investigações de diversos inquéritos policiais.

Ivan Excalibur, chefe de perícias internas, destacou que em 2023 a Chefia de Crimes de Informática periciou 163 aparelhos de celulares, 176 chips de celulares, 46 HDs/SSD de computadores e laptops, além de examinar 38 mídias de armazenamento (pendrive), 1 tablet e 7 outros tipos de dispositivos eletrônicos. Estes números representam um aumento em relação ao ano de 2022, quando foram realizados 411 exames periciais.

A atuação do setor de informática forense foi vital em operações de combate à rede de venda e consumo de pedofilia e pornografia infantil, identificando criminosos e vítimas. Além disso, houve atuação em áreas relacionadas a crimes de homicídios, fraudes, análise de sistema operacional, invasão de servidores, análise de imagens, de conteúdo e comparação de locutores.

Excalibur ressaltou a importância crescente da informática forense na atuação contra crimes, afirmando que “o mundo hoje é virtual” e que “um celular pode revelar muitas informações”. Segundo ele, a prática de crimes pode ser comprovada através do mundo tecnológico, o que tem demandado cada vez mais a atuação do setor.

Os números apresentados indicam um aumento na demanda por este tipo de serviço, especialmente no que se refere à verificação do planejamento de prática delituosa, georreferenciamento da pessoa investigada e pesquisa no histórico de consulta.

Para as atividades periciais, os peritos utilizam equipamentos que permitem a extração de dados de smartphones. Atualmente, o setor de informática forense conta com peritos criminais José Farias (chefe do setor), Luiz Dionísio, Ivan Excalibur e Charles Mariano, mas a expectativa é que mais quatro peritos entrem no setor este ano, acompanhados de novas ferramentas de trabalho. Esta nova estrutura tem o potencial de aumentar a produção de laudos e agilizar as investigações.

Com a crescente importância da informática forense na resolução de crimes, é possível que a Polícia Científica de Alagoas amplie seu quadro de peritos e equipamentos, reforçando ainda mais seu combate a crimes de informática e sua atuação em investigações policiais.

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