Aquilombamento, justiça e resistência: mãe de Marielle convoca comunidades quilombolas para lutar contra o racismo e desigualdades raciais

Na última sexta-feira (1º), a advogada Marinete da Silva, mãe da vereadora carioca Marielle Franco, participou de um encontro de representantes de comunidades quilombolas, promovido pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Durante o evento, Marinete destacou a importância do combate ao racismo, da luta contra desigualdades raciais e da busca por titulação de territórios quilombolas como oportunidades para aquilombamento.

Para Marinete, o aquilombamento é fundamental para a resistência das comunidades negras e quilombolas, sendo esse um conceito que implica em unir, agregar e se fortalecer diante das adversidades enfrentadas pela população negra. Ela ressaltou a importância de atividades que serão realizadas ao longo do mês de março em homenagem à memória de Marielle e Anderson, buscando justiça e promovendo a união de pessoas em prol da igualdade racial.

A vereadora Marielle Franco, conhecida por sua atuação política em defesa das minorias e das comunidades negras, foi assassinada há quase seis anos, ao lado do motorista Anderson Gomes. O crime chocou o país e levantou questões sobre a segurança e a impunidade no Brasil. As investigações apontaram o ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos disparos, e desde 2023 a Polícia Federal está à frente do caso.

Além das ações em memória de Marielle e Anderson, o Instituto Marielle Franco está organizando diversas atividades para marcar o sexto aniversário do crime. No dia 14 de março, data do assassinato, está programada uma missa na Igreja Nossa Senhora do Parto e o Festival Justiça Por Marielle & Anderson na Praça Mauá, com apresentações artísticas e exposições em homenagem à vereadora.

A mãe de Marielle ressaltou a importância da memória da filha e de continuar lutando por justiça. O aquilombamento, como ela explicou, é essencial para fortalecer a resistência das comunidades negras e quilombolas em um país marcado pela desigualdade racial. Neste mês dedicado à memória de Marielle e Anderson, as atividades realizadas são uma forma de manter viva a luta por justiça e igualdade.

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