A proposta de revogação dos títulos foi apresentada pela Comissão para Implementação de Medidas de Memória, Verdade e Justiça na UFPel, que surgiu após o Ministério Público Federal questionar a instituição sobre a concessão de honrarias a figuras ligadas ao regime militar. Esta ação faz parte de um movimento maior que tem sido observado nas universidades públicas brasileiras desde 2015, quando várias delas começaram a revogar títulos de doutor \emph{honoris causa} concedidos a autoridades dos governos militares.
O Conselho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi pioneiro nesse movimento em 2015, revogando o título dado a Médici. Em seguida, outras instituições como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) seguiram o exemplo, cassando os títulos de figuras controversas ligadas à ditadura militar no Brasil. A partir disso, o Ministério Público Federal recomendou que a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) também revogue títulos concedidos a ex-presidentes do período militar.
A decisão da UFPel de cassar os títulos de Médici e Passarinho reflete um movimento de revisão histórica e moral que está ganhando força no Brasil, conforme mais informações sobre os abusos e violações cometidos durante a ditadura militar são trazidas à tona pela Comissão Nacional da Verdade. É um passo significativo na busca por justiça e reparação para as vítimas desse período sombrio da história do país.
