Marcha na Avenida Paulista reúne manifestantes pelo Dia da Mulher para cobrar direitos e denunciar a violência de gênero.

A Avenida Paulista, um dos locais mais icônicos da cidade de São Paulo, foi tomada por uma atmosfera de luta, resistência e reivindicações nesta sexta-feira (8), em celebração ao Dia Internacional da Mulher. Movimentos sociais, mulheres, homens e pessoas não-binárias se uniram em uma marcha repleta de demandas e denúncias em relação à violência de gênero e à desigualdade existente na sociedade.

Com cores simbólicas que representam a luta feminista, o roxo e lilás se mesclavam com o verde, que simboliza a legalização do aborto em diversos países. Os manifestantes erguiam bandeiras e cartazes com mensagens poderosas, exigindo direitos básicos como educação e saúde de qualidade, além da denúncia da violência que assola mulheres em todo o país.

A marcha teve início no final da tarde e percorreu vários quilômetros até a Rua Augusta, mesmo debaixo de chuva. Lideranças se revezavam ao microfone, entoando palavras de ordem e clamando por justiça e igualdade. Além disso, o protesto também prestou homenagens a figuras importantes da resistência feminista, como a psicóloga Nalu Faria.

Dentro do evento, era possível observar bordados do grupo Linhas de Sampa, entregues a mulheres presentes no protesto. Mensagens como “Respeitem o padre Julio Lancellotti” e “O medo não vai nos parar” ecoavam pelas ruas, em meio a bandeiras e estandartes. A diversidade de pautas presente na marcha demonstra a complexidade das demandas das mulheres brasileiras.

Entre as reivindicações, o pedido pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou destaque, com manifestantes destacando os prejuízos causados por sua gestão durante a pandemia de Covid-19. Para muitos, a responsabilização do ex-presidente é vista como necessária para que a população brasileira possa superar os efeitos negativos de suas políticas.

Ao todo, 26 atos estavam previstos em todo o Brasil, demonstrando a força e o engajamento das mulheres e dos movimentos sociais na luta por direitos e igualdade. No sábado, outras manifestações estavam programadas em diferentes cidades do país, fortalecendo a mobilização e a resistência em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.

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