Eventos extremos estão se tornando mais frequentes devido às mudanças climáticas, alerta coordenador do Cemaden diante de chuvas intensas previstas para o Rio.

O coordenador geral de Operações e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, alertou para a crescente frequência de eventos extremos causados pelas mudanças climáticas. Ele apontou que o estado do Rio de Janeiro deve enfrentar chuvas intensas nos próximos dias, resultado direto dessas alterações no clima.

De acordo com Seluchi, as mudanças climáticas não são responsáveis por eventos extremos isolados, mas sim pelo aumento na frequência desses fenômenos. Ele ressaltou que nos últimos anos tem sido observado um aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos, o que está diretamente relacionado às mudanças no clima.

Além disso, o especialista destacou que o Oceano Atlântico está mais quente do que o normal, o que pode intensificar a quantidade de chuva prevista para a região. o aumento da temperatura global contribui para o aumento da umidade na atmosfera, desequilibrando o ciclo hidrológico e resultando em extremos de chuva e seca em diferentes regiões.

O meteorologista Wanderson Luiz Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reforçou a influência das mudanças climáticas no aumento da intensidade das chuvas. Ele explicou que o aumento da temperatura global leva a um acúmulo maior de vapor d’água na atmosfera, promovendo alterações no ciclo hidrológico e favorecendo episódios de chuvas intensas.

Apesar disso, Silva ressaltou que a relação direta entre as mudanças climáticas e o evento de chuvas intensas no Rio de Janeiro não pode ser confirmada de forma isolada, sendo necessária uma análise estatística de longo prazo para estabelecer essa conexão.

Diante desse cenário, é cada vez mais evidente a necessidade de políticas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas para minimizar os impactos dos eventos extremos e garantir a segurança das populações afetadas. A atenção para os alertas de desastres naturais e ações preventivas tornam-se essenciais para lidar com esse novo contexto climático em constante evolução.

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