STF mantém prisão de suspeitos de planejarem assassinato de Marielle e Anderson após votação da Primeira Turma

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por quatro votos a favor e apenas um voto em aberto, pela manutenção da prisão dos suspeitos de planejarem e executarem o crime que resultou na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino acompanharam o voto do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva dos acusados no último domingo.

A análise da ordem de prisão acontece de forma virtual, com votos depositados sem a necessidade de deliberação presencial. A sessão iniciou nas primeiras horas da segunda-feira e tem previsão de encerramento até a meia-noite. Apenas o ministro Luiz Fux não manifestou sua posição até o momento. Até agora, apenas o ministro Flávio Dino apresentou um voto por escrito, justificando as prisões preventivas pela existência de um “ecossistema criminoso” dentro do Poder Público.

Os suspeitos, irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, foram detidos na Operação Murder Inc pela Polícia Federal, e levados para Brasília. Chiquinho Brazão, que é deputado federal, terá sua prisão avaliada pelo plenário da Câmara dos Deputados. A principal motivação do crime, segundo investigações da Polícia Federal, envolve a disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro.

Durante uma coletiva de imprensa, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações policiais levaram ao esclarecimento completo sobre os mandantes, executores e intermediários dos assassinatos de Marielle e Anderson. Os dois foram mortos a tiros em março de 2018, enquanto se deslocavam de carro após uma agenda de trabalho. A data da sessão para apreciação da prisão de Chiquinho Brazão ainda não foi anunciada, mas está prevista para ocorrer nos próximos dias.

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