O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná teve um dia movimentado nesta segunda-feira (8) com o julgamento que pode resultar na cassação do senador Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato. A sessão foi marcada por uma reviravolta quando o desembargador Julio Jacob Junior pediu vista do processo, adiando a decisão para o dia seguinte. Até o momento, a votação está com três votos a favor de Moro e um voto pela cassação, proferido pelo desembargador José Rodrigo Sade. Os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz foram contrários à cassação do senador. Caso a cassação seja confirmada, Moro não perderá seu cargo imediatamente, pois sua defesa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se o TSE também confirmar a cassação, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador, que ficará inelegível por oito anos. A polêmica em torno do caso envolve a pré-candidatura de Moro à Presidência da República em 2021, quando ele estava filiado ao Podemos. Segundo acusações apresentadas, houve gastos considerados irregulares que teriam beneficiado os concorrentes ao cargo de senador em detrimento de Moro. O Ministério Público apontou gastos de aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário em eventos de filiação e produção de vídeos para promover Moro, enquanto outras legendas denunciaram gastos ainda maiores. Os advogados de Moro negam as irregularidades e defendem a legalidade da pré-campanha do senador. Com a retomada do julgamento marcada para o dia seguinte, a expectativa em torno do futuro político de Moro segue intensa, com possíveis desdobramentos que podem impactar não apenas sua carreira política, mas também o cenário eleitoral no Paraná.
