Investigação da PF sobre compra de ventiladores pelo Consórcio Nordeste gera cobranças e críticas de senador Eduardo Girão

Em pronunciamento no Plenário, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) levantou uma importante questão que tem chamado a atenção da opinião pública: a investigação da Polícia Federal sobre a compra controversa de 300 ventiladores pulmonares pelo Consórcio Nordeste, no valor de impressionantes R$ 48,7 milhões. O inquérito, que segue em sigilo, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal em 2023 devido ao foro privilegiado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que está entre os investigados. Na época da transação, Costa era governador da Bahia e, de acordo com Girão, coordenava o Consórcio Nordeste, que agrega os governos da região.

O senador fez questão de ressaltar que espera que esta investigação não siga o mesmo caminho de tantos outros inquéritos envolvendo políticos acusados de corrupção, que acabam se arrastando e nunca chegam a uma conclusão. Girão destacou a importância da transparência e da integridade na gestão pública e afirmou que, se o governo federal fosse realmente comprometido com esses valores, o ministro da Casa Civil deveria ser imediatamente afastado para responder às acusações de estelionato e lavagem de dinheiro.

Além disso, o senador criticou a postura da CPI da Pandemia, instaurada no Senado em 2021, por não ampliar suas investigações para incluir o Consórcio Nordeste. Criado em 2019 para integrar as ações dos estados da região, o Consórcio Nordeste permaneceu fora do escopo da CPI, o que levou Girão a questionar a falta de abrangência das investigações. Ele ressaltou a tentativa frustrada de convocar Rui Costa e Carlos Gabas, gerente do Consórcio Nordeste, para prestar esclarecimentos, reforçando a necessidade de uma apuração completa e imparcial sobre o caso.

Diante desses fatos, a população aguarda ansiosamente por respostas e por uma investigação rigorosa que esclareça os detalhes dessa negociação controversa e que responsabilize os envolvidos, caso haja indícios de irregularidades. A transparência e a seriedade na gestão dos recursos públicos são fundamentais para a manutenção da confiança da população nas instituições governamentais. Este é mais um capítulo da luta contra a corrupção que não pode ser deixado de lado ou esquecido.

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