Vídeos que circularam nas redes sociais mostram cenas de brutalidade, com pacientes atacando os vigilantes da unidade, brigas, equipamentos hospitalares sendo destruídos, gritaria e correria, criando um clima de total caos e desrespeito no ambiente. A Polícia Militar do Distrito Federal precisou ser acionada para controlar a situação e um vigilante acabou ferido durante o tumulto.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela gestão da unidade, lamentou profundamente o ocorrido e destacou que, no momento da depredação, havia três pediatras e cinco médicos clínicos trabalhando no local. A instituição também admitiu que a UPA do Recanto das Emas tem operado muito acima de sua capacidade, devido ao fechamento da tenda de dengue na região, o que contribui para o aumento da demanda por atendimento.
Apesar da gravidade da situação, a clínica médica da UPA do Recanto das Emas foi reaberta na manhã seguinte, com o setor de pediatria funcionando apenas para casos classificados como gravíssimos. A expectativa é que o atendimento para pacientes com problemas de saúde menos graves seja retomado ao longo do dia.
O Iges-DF informou que está acompanhando de perto os casos dos profissionais de saúde agredidos e se comprometeu a colaborar integralmente nas investigações. Além disso, equipes de segurança foram reforçadas em todas as unidades para evitar novos episódios de violência e proteger os funcionários.
Essa situação lamentável serve como alerta para a necessidade de investimento em saúde pública, bem como para a importância do respeito mútuo entre pacientes e profissionais de saúde. A violência não é e nunca será a solução para os problemas enfrentados no sistema de saúde. É fundamental que autoridades e gestores trabalhem juntos para garantir um atendimento de qualidade e respeitoso para todos os cidadãos.