Os dados do estudo foram coletados entre os anos de 1950 e 2021, com projeções feitas para 2050 e 2100. A pesquisa foi realizada pelo grupo internacional Global Burden of Diseases, conhecido por analisar temas relacionados à saúde global.
A taxa de fertilidade considerada ideal para a reposição populacional é de 2,1 filhos por mulher. Em 2021, apenas 46% dos países apresentaram uma taxa de fertilidade acima desse índice, principalmente na África Subsaariana. Desde 1950, o índice global de fertilidade caiu significativamente, passando de 4,84 para 2,23 em 2021. As projeções futuras indicam uma queda ainda maior, chegando a 1,59 em 2100.
O pesquisador Rafael Moreira, do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, destaca que mudanças culturais, como o aumento da escolaridade das mulheres e o maior acesso a métodos contraceptivos, têm contribuído para essa redução da taxa de fertilidade. Países europeus e da América do Norte enfrentam desafios econômicos e sociais devido ao baixo índice de fertilidade, o que pode afetar a força de trabalho e a previdência.
No Brasil, a taxa de fertilidade também apresentou uma queda expressiva, passando de 5,93 em 1950 para 1,93 em 2021. As projeções indicam que o país seguirá a tendência global de redução da taxa de natalidade, com índices previstos de 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100.
Em resumo, a diminuição das taxas de fertilidade em todo o mundo terá impactos econômicos e sociais significativos, especialmente devido ao envelhecimento da população e à diminuição da força de trabalho. Será necessário repensar políticas de imigração e mercado de trabalho para lidar com as consequências dessa tendência de longo prazo.