Os números revelam que 1.694.836 indígenas vivem dentro das fronteiras brasileiras, representando 0,83% de todos os residentes no país. Desse total, 36,73% vivem dentro de Terras Indígenas, distribuídas por 4.833 municípios em todas as regiões do Brasil.
A Região Norte concentra 44% dos indígenas, seguida pela Região Nordeste, com 31%. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) é o órgão responsável pela demarcação das Terras Indígenas, e a coleta de dados do Censo 2022 considerou todos os territórios com situação fundiária declarada, homologada, regularizada e encaminhada como reserva indígena até julho de 2022.
A idade mediana dos indígenas, de 25 anos, é significativamente menor do que a da população geral do Brasil, que é de 35 anos. Além disso, o índice de envelhecimento entre os indígenas, que é de 35,55, é bem abaixo do índice nacional, que é de 80. Isso pode ser explicado pela vida comunitária, que proporciona um maior apoio no cuidado com os filhos.
Em relação ao sexo, a população indígena é mais masculina do que a população geral do país, com 97,07 homens para cada 100 mulheres. Dentro das Terras Indígenas, essa proporção aumenta para 104,9 homens para cada 100 mulheres. Uma possível explicação para essa disparidade é a menor mortalidade masculina e a migração de mulheres em busca de trabalho nos centros urbanos próximos às terras indígenas.
Esses dados destacam a importância de políticas públicas específicas para os povos indígenas, levando em consideração suas particularidades e necessidades, além de respeitar suas tradições e modos de vida.
